"Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza". (Boaventura de Souza Santos)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Cópia de postagens do blogue Aromas de Portugal

Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008

VER TELEVISÃO PODE CAUSAR AUTISMO?
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
A maioria dos pais teme um diagnóstico de autismo. Isso pode significar para a criança uma série de alterações em seu desenvolvimento como uma vida de auto-isolamento, incapacidade de se comunicar e de manter relações sociais. E não há cura para o autismo.
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, aproximadamente 1 em cada 300 crianças nos Estados Unidos sofrem de distúrbios do espectro do autismo (DEAs). Segundo pesquisadores das Universidades de Cornell e Purdue, que apresentaram um estudo relacionando a ocorrência de autismo ao hábito de crianças de um a três anos assistirem TV, esse número fica em torno de 1 em cada 175.
Quando uma criança pequena apresenta comportamento social anormal como recusar-se a fazer contato visual, desligar-se de estímulo externo, focar-se de forma obcecada em um único objeto e apresentar desenvolvimento psicológico lento, inexistente ou subitamente retrógrado em áreas como a fala e a interpretação da linguagem, a ampla variedade de transtornos do espectro do autismo se torna uma explicação possível.
Autismo é a forma mais grave desses transtornos. Uma criança autista tem uma vida bastante limitada (ao menos na perspectiva externa), é incapaz de se comunicar de forma efetiva, formar conexões emocionais e gerenciar os estresses da vida diária. Existem outros transtornos, mais suaves, como a síndrome de Asperger na qual a criança pode levar uma vida mais normal e lidar com problemas no convívio social relativamente administrável.
Estudos demonstram que os transtornos do espectro do autismo afetam diversas áreas importantes do cérebro, incluindo o cerebelo, o córtex cerebral e o tálamo. Há décadas, a ciência tem tentado descobrir a causa do autismo, focando-se em áreas como:
desenvolvimento alterado do cérebro;
um gene que sofreu mutação (chamado MET) que aumenta o risco de autismo, mas que não parece ser a única causa da doença;
componentes de vacinas infantis (que foram quase completamente descartados como causa potencial);
e outros fatores biológicos potenciais existentes.
Um grupo de pesquisadores de Cornell e Purdue se focou em uma causa provável muito diferente dessas: a televisão. Mas, as manchetes que anunciam "TV causa autismo" não correspondem a uma constatação precisa do que o estudo identificou. Veja a seguir o que os pesquisadores descobriram.
Os índices de diagnóstico de autismo começaram a aumentar drasticamente no mesmo período em que a TV a cabo foi introduzida nos Estados Unidos. Cidades com maior acesso à TV a cabo passaram a apresentar números mais elevados de crianças com diagnóstico de autismo.
As taxas de diagnóstico de autismo aumentaram mais em regiões do país em que chove mais.
Os pesquisadores relacionaram a segunda descoberta à televisão, baseados em outros estudos sugerindo que crianças que vivem em climas chuvosos tendem a passar mais tempo dentro de casa do que crianças que vivem em locais com climas menos chuvosos; e crianças que passam mais tempo dentro de casa tendem a assistir mais TV.
Os pesquisadores responsáveis por esse estudo acreditam que suas descobertas indicam que assistir TV excessivamente antes dos três anos de idade pode provocar desencadear o autismo em crianças que já tenham predisposição para o transtorno, como naquelas que já possuem a mutação no gene MET. O estudo não descobriu se crianças com risco de desenvolver autismo podem escapar da doença se não assistirem televisão. Para ler todas as descobertas, leia Cornell University: a televisão causa autismo? (em inglês)
Apesar das terríveis manchetes, provavelmente a descoberta mais representativa do estudo sinaliza que os pesquisadores deveriam expandir suas áreas de investigação sobre o autismo. Até agora, a pesquisa tem se focado basicamente na biologia - no cérebro, na estrutura do DNA e em como eles podem ser afetados por processos como mutação genética, desenvolvimento alterado da criança e introdução de substâncias químicas externas no corpo. O que esse novo estudo sugere é que fatores de outra natureza poderiam prover ao menos indícios parciais para a resolução do enigma do autismo que até o momento permanece desconhecido.
Para mais informação sobre TV e autismo, transtornos do espectro do autismo e temas relacionados, confira os links a seguir (em inglês).
Como funcionam os gênios Como funciona seu cérebro Como funciona a televisão -->
NIMH: Transtornos do Espectro do Autismo
MSNBC: Autismo: a epidemia oculta?
Cornell University: a televisão causa autismo?Português do Brasil - In HowStuffWorks
Postado por Mário Relvas às Quarta-feira, Outubro 08, 2008 2 comentários Links para esta postagem
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Terça-feira, 7 de Outubro de 2008

ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS - NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS
Artmed lança colecção sobre estratégias educacionais em necessidades especiais
São Paulo, 29 de maio de 2008 – Um guia para auxiliar o professor no relacionamento com estudantes portadores de necessidades especiais. Esse é o objectivo da nova série “Guia do professor – Estratégias educacionais em necessidades especiais” do psicólogo e consultor educacional Micheal Farrel, lançamento da Artmed Editora.
A colecção, composta por cinco livros que abordam temas como dislexia, autismo, incapacidades física, dislexia e dificuldades de relacionamento pessoal, social e emocional, é leitura fundamental para professores, educadores - que trabalham com necessidades especiais - e alunos de graduação; pedagogos e psicopedagogos; formadores de políticas públicas.
Dificuldades de comunicação e autismoExamina as causas e as consequências das dificuldades que envolvem fala, gramática, semântica, uso da linguagem e a sua compreensão, além de dar especial atenção ao transtorno do espectro autista.
Diferenciais
Oferece informações e esclarecimentos que ajudarão o professor a unir teoria e prática, equipando-o com variadas estratégias para lidar com situações quotidianas;
Apresenta definições, intervenções e diferentes abordagens relacionadas a diferentes matérias do currículo;
Define o autismo e o transtorno do espectro autista, oferece opções de intervenção, tais como ensino estruturado, terapia de interacção musical, trabalho em grupos e manejo de comportamentos desafiadores.
In tramacomunicação.br
Postado por Mário Relvas às Terça-feira, Outubro 07, 2008 2 comentários Links para esta postagem
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TERAPIA DA FALA E O AUTISMO

Os problemas de comunicação das crianças autistas podem ter uma grande variação e podem depender do desenvolvimento social e intelectual do indivíduo. Alguns podem ser completamente incapazes de falar enquanto outros tem um vocabulário bem desenvolvido e podem falar sobre uma série de tópicos do seu interesse. Qualquer programa terapêutico deve começar pelo ponto em que as habilidades linguísticas da criança se encontra.
Embora algumas crianças autistas tenham pouco ou nenhum problema com a pronúncia das palavras, a maioria tem efectivamente dificuldades em utilizar a linguagem. Até aquelas crianças que não tem problemas em articular as palavras, exibem dificuldades no uso da linguagem pragmática como saber o que dizer, como dizer e quando dizer tanto quanto interagir socialmente com as pessoas. Muitos que falam, dizem coisas sem contexto ou informação. Outros repetem o que ouviram (ecolalia) ou discursos que memorizaram em algum momento. Algumas crianças autistas falam cantando ou usando uma voz mecânica como se fossem robôs.
Terapia da Fala ou Fonoaudiologia
A Terapia da Fala é a ciência que tem como objecto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orais/faciais e na deglutição.A intervenção precoce e continuada do terapeuta da fala nos Distúrbios do Desenvolvimento, é fundamental para que o quadro clínico apresentado pelos indivíduos portadores do Transtorno Autista evolua satisfatoriamente, no que tange à sua comunicação geral, e em especial, para o desenvolvimento de sua linguagem receptiva e expressiva, oral, gestual e escrita, capacitando–o para compreender, realizar demandas e agir sobre o ambiente que cerca.Entretanto, o profissional deve ser um profundo conhecedor do desenvolvimento normal infantil/juvenil e do desenvolvimento atípico do portador de autismo. Também deve ser capaz de diagnosticar, avaliar (porque é possível avaliar os autistas, sim, mesmo os não-verbais!), e planear uma terapia individualizada e específica. Deve ser um profissional actualizado e consonante com a comunidade científica internacional, e nunca se deixar levar por novidades e ideias que não têm o menor valor científico (como as dos anos 60: mães geladeira, e dos anos 70: autismo = psicose!!!).A terapia da fala poderá ter como base, o programa TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication handicapped Children), desenvolvido pelo departamento TEACCH da Universidade da Carolina do Norte, USA. Também poderá utilizar o recurso PECS (Picture Exchange Communication System), o ABA (Applied Behavior Analysis), e as técnicas de intervenção de Lovaas, sempre com vista ao treino e desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
Embora nenhum tratamento seja efectivo em normalizar a fala, os melhores resultados são conseguidos com o início da terapia na idade pré-escolar e que envolve a família junto com os profissionais. O mérito é conseguir que a criança utilize a comunicação funcional, ou seja, que a criança se faça entendida. Para uns a comunicação verbal é possível e alcançável. Para outros, a comunicação por gestos ou por utilização de símbolos ou figuras já é de grande valia. Avaliações periódicas devem ser feitas para encontrar as melhores abordagens e reestabelecer as metas de cada criança.
In autismoemfoco
Postado por Mário Relvas às Terça-feira, Outubro 07, 2008 0 comentários Links para esta postagem
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CONHECIMENTOS ESSENCIAIS PARA ATENDER BEM A CRIANÇA COM AUTISMO

APRESENTAÇÃO
Temos considerado ponto estratégico da actuação profissional o conhecimento sobre o desenvolvimento infantil. Deste ponto de vista, a análise do comportamento envolve reconhecer as correlações entre aspectos físicos, motores, cognitivos, relacionais e linguísticos do indivíduo. Os estudos sobre o que é comum, normal ou típico e fora do comum ou atípico no desenvolvimento infantil, indicam para os mesmos processos básicos subjacentes aos comportamentos. Assim, a compreensão do desvio no desenvolvimento de um indivíduo passa pelos estudos do processo típico da maioria dos indivíduos.
Por mais que pareça uma emergência a intervenção no desenvolvimento da criança com autismo, julgamos difícil o bem atender sem um bom diagnóstico. O diagnóstico por sua vez, deve levar em conta a avaliação de várias áreas do desenvolvimento da criança, em diferentes contextos. Tal avaliação deve ser feita por meio de métodos confiáveis e válidos, permitindo ao profissional decidir sobre as hipóteses estabelecidas a partir da história do desenvolvimento da criança em diferentes ambientes.
Nos textos aqui apresentados se renovam estas considerações. O livro, para compor a Colecção CEFAC Para atender bem, é sobre as características do desenvolvimento da criança com autismo. O eixo central dos textos é a linguagem, característica humana intimamente comprometida com as origens, processos e produtos da mente.
O livro é consequência directa de vários anos de trabalho clínico e pesquisas e, especialmente, do privilégio de encontros com alunos de diferentes regiões do país, colegas de diferentes equipes e pais de crianças com transtornos globais do desenvolvimento.As ideias aqui expostas são frutos da estreita e histórica parceria com Márcia Regina Pedromônico Arrym, nos cursos de Graduação em Fonoaudiologia (terapia da fala em Portugal), de Pós - Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da UNIFESP( Universidade Federal de São Paulo)/EPM e em tantos outros encontros na vida. Nesta história entrou Ana Carina Tamanha desde sua graduação e passou a escrevê-la também.
Há muito o que aprender sobre o desenvolvimento de crianças com autismo e seus comportamentos, por vezes desconcertantes. Espero que os textos expostos ajudem a promover novos debates e reflexões e, a partir daí, auxiliem no bem atender.
Editora: Pulso EditorialJacy Perissinoto
ISBN: 85-87992-07-465 páginas
JP - In profala.com
Postado por Mário Relvas às Terça-feira, Outubro 07, 2008 0 comentários Links para esta postagem
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