"Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza". (Boaventura de Souza Santos)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

3º encontro de Coros Juvenis

Quem disse que uma criança com PDD-NOS, não pode fazer uma vida normal e se integrar socialmente na sociedade?
Pois fiquem sabendo, que nesta reportagem dos coros, uma das coralistas, tem PDD-NOS.
E eu aposto, que quem não a conheçe, não a vai descobrir apesar de aparecer várias vezes de forma bem visivel.

Com isto quero dizer, que estas crianças precisam de ser estimuldas, estimuladas e estimulados, o resultado é muito positivo.

http://www.tvamadora.com/video.aspx?videoid=1004

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Autismo & Realidade

O autismo é um transtorno neurobiológico complexo que prejudica a capacidade da pessoa de se comunicar, desenvolver relações sociais e frequentemente vem acompanhado de problemas de comportamento.

Apresenta-se em diversas formas e graus de dificuldades, abrangendo desde pessoas muito comprometidas do ponto de vista cognitivo e comportamental (o autismo de baixo funcionamento) e que não conseguem falar – até pessoas verbais e muito inteligentes, mas com grandes dificuldades sociais (autismo de alto funcionamento e a Síndrome de Asperger). São os chamados Transtornos do Espectro do Autismo (TEA).

Há pessoas com TEA que dificilmente conseguirão ter uma vida independente, sem cuidados intensivos e altamente individualizados, pois não conseguem sequer dar conta das suas necessidades básicas. Outras, com uma estruturação adequada, podem levar vidas praticamente normais.

Algumas vezes, junto com as dificuldades, as pessoas com TEA apresentam altas habilidades, via de regra desperdiçadas.

No Brasil, assim como na maioria dos países, os diagnósticos de autismo têm aumentado muito. Os levantamentos mundiais mais recentes apontam que 1 a cada 125 crianças em idade escolar apresenta um transtorno do espectro de autismo. Se considerarmos que o Brasil tem cerca de 33 milhões de crianças na idade de 0 a 10 anos, podemos ter, só nessa faixa de idade, mais de 260 mil crianças brasileiras com autismo!

Hoje se sabe que o diagnóstico precoce, de preferência antes dos 3 anos, aliado a tratamentos intensivos, pode melhorar muito as possibilidades dessas crianças. O esforço amoroso de muitas famílias e profissionais acabou mostrando que pessoas aparentando profundo retardo mental e incapacidade absoluta de interação, na verdade estavam enclausuradas pelo problema neurológico que as impedia de se comunicar.

Na maioria dos casos em que pessoas com autismo conseguiram alcançar um bom nível de autonomia e bem estar, o papel das famílias foi fundamental: mães e pais que foram atrás de informação e a aplicaram com persistência, afeto e uma boa dose de bom senso.

Apesar das dificuldades, o conhecimento sobre autismo tem aumentado muito. O futuro das crianças com autismo hoje é muito mais promissor que as de poucos anos atrás. Há muitas pesquisas sendo feitas, muitos tipos diferentes de intervenção sendo desenvolvidos e aprimorados.

Mas onde estão as pessoas com autismo no Brasil? As suas famílias sabem o que elas têm e das possibilidades de intervenção? Sabem que elas podem aprender e viver melhor? Tem acesso à informação de qualidade sobre autismo? Conhecem os direitos dos seus filhos? Tem acesso à orientação médica e psicológica? Tem acesso à educação?

Existem serviços e profissionais preparados para diagnosticar e orientar as famílias? Quem são? Onde estão?

A sociedade brasileira conhece o autismo? Sabem do impacto que ele tem sobre as famílias? Tem se solidarizado com as famílias tocadas por ele?

Como estão as pesquisas sobre o autismo no Brasil? Quais resultados as pesquisas e as estratégias de informação têm conseguido? Quais os melhores caminhos a seguir? Quais as promessas e esperanças futuras?

A Autismo e Realidade, formada por pais e profissionais que ainda procuram dar respostas para muitas dessas perguntas, quer revigorar e dar sentido a essa busca, além de facilitar e universalizar o acesso às respostas já existentes.

Nossos principais objetivos são:

Difundir conhecimento atualizado sobre o autismo, com campanhas e atividades direcionadas a:
Motivar e orientar as famílias na sua busca por diagnóstico, tratamento, educação e inclusão social da pessoa com autismo;
Eliminar preconceitos, despertar interesse e boa vontade da sociedade brasileira;
Apoiar a formação e preparação de profissionais e instituições para trabalhar pela pessoa com autismo.
Estimular, apoiar e divulgar os estudos científicos cujos resultados possam beneficiar as pessoas com autismo.
Agir para que os direitos legais das pessoas com autismo e suas famílias se transformem em REALIDADE.

http://www.autismoerealidade.com.br/

Contato:

contato@autismoerealidade.com.br

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Já são 15 anos de dedicação aos autistas

Notícia publicada na edição de 30/09/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

Não há cura para o autismo, apenas tratamentos específicos e atividades pedagógicas cuja finalidade é auxiliar a pessoa com a síndrome a superar suas limitações e, dentro de suas potencialidades, o desenvolvimento de independência, para facilitar o seu convívio com o meio que o cerca. A informação consta do folder da Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba (Amas), que dedica 15 anos de sua existência ao tratamento e pesquisa em busca de melhor qualidade de vida aos 42 alunos em tempo integral, de 11 a 37 anos de idade. Há, na fila de espera, segundo a diretora da entidade, a pedagoga Jeane Pereira de Lima Collaço, mais 70 pessoas.

Com o slogan ‘Educação Especial levada a sério, a Amas emprega a metodologia dos EUA, pois, como Jeane diz, é universal e baseia-se no aspecto do tratamento visual. Como esses alunos não conseguem memorizar rotinas de tarefas diárias, precisam de estímulos visuais para que façam as coisas. Assim, os afazeres são colocados em cartazes e fixados na lousa para que façam as atividades do dia. Jeane destaca ser importante citar os sintomas da síndrome, porque as pessoas ainda têm dúvidas. Os sintomas são: usar pessoas como ferramentas; resistir a mudanças de rotina; não se misturar com outras crianças; apego inapropriado a objetos; não mantém contato visual; age como se fosse surdo; resiste ao aprendizado; não demonstra medo do perigo; risos e movimentos não-apropriados; resiste ao contato físico; acentua hiperatividade física; gira objetos de maneira bizarra e peculiar; às vezes, é agressivo e destrutivo; e apresenta modo e comportamento indiferentes e arredios.

Estatisticamente, o Brasil está melhor que os EUA. Enquanto no Brasil, de cada 1.500 pessoas nascidas uma desenvolverá um nível de autismo; nos EUA, a cada 110 pessoas nascidas uma será autista. O autismo manifesta-se quatro vezes mais em meninos do que em meninas.

Em média, o gasto da Amas para manter um aluno é de R$ 1.500, uma quantia inviável ao orçamento da família dos autistas. A maioria é carente. Eles permanecem na escola de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, têm férias de 15 dias em julho e de um mês em dezembro. Na entidade, recebem medicamentos e atendimento médico multidisciplinar nas áreas de psicologia, pedagogia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia comportamental, fisioterapia, reorganização neurofuncional, entre outras.

A Amas mantém parceria com a Casa do Cirineu, que fica no Itanguá. As salas são utilizadas por profissionais da Amas para fazer atendimentos aos pais de filhos autistas. Jeane diz que a entidade gostaria de atender a um número maior de pessoas, especialmente porque recebem, também, autistas de cidades da região. Atualmente, por exemplo, há dois alunos de fora: um de Pilar do Sul e outro de Salto de Pirapora. Há uma área no Wanel Ville, doada pela prefeitura, onde se pretende concluir a construção do Núcleo Terapêutico da Amas, porém, faltam recursos para finalizar as obras que estão sem cobertura e acabamento. Com a ajuda da Alcoa Foundation, foram iniciadas as obras de quatro salas, mas falta dinheiro ainda. A entidade aceita todo tipo de doação, recebe subsídios do município, por meio da Secretaria da Educação, e de sócios-contribuintes. Bazares, jantares, almoços entre outros eventos são feitos para arrecadar fundos. Algumas mães reformaram, recentemente, bonecas e brinquedos e pretendem, agora, fazer um bazar em outubro.


SERVIÇO


Amas Sorocaba

Rua Nova Odessa, 201, Jardim Vera Cruz

(15) 3222-4646/3334-4400/3334-4449

www.amas.com.br