"Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza". (Boaventura de Souza Santos)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Estudo dos EUA constata que tratamento de autismo em bebês é eficaz

Medicina
Estudo dos EUA constata que tratamento de autismo em bebês é eficaz
30 de novembro de 2009



O tratamento de autismo se mostra mais eficaz quanto mais cedo for iniciado. Um estudo realizado nos Estados Unidos constatou resultados animadores em crianças diagnosticadas com a doença e que começaram a ser tratadas de forma mais rigorosa a partir do 1º ano de vida.


Um grupo de pesquisadores da Universidade de Washington concluiu que o tratamento pode amenizar muito os sintomas da doença. Foram avaliadas 48 crianças autistas, entre 1 ano de meio e 2 anos e meio.

Um grupo foi selecionado aleatoriamente para receber um tratamento especializado, conhecido como Early Start Denver, focado na interação e na comunicação - as maiores dificuldades das crianças autistas. A outra parte era atendida de forma menos abrangente e intensa.

Em uma das etapas ao que o primeiro grupo foi submetido, os pais e terapeutas seguram repetidamente brinquedos muito próximos ao rosto da criança, para que ela seja obrigada a manter contato visual. Em outro exercício, a criança é recompensada por usar palavras para pedir brinquedos. Foram quatro horas de atenção dos terapeutas durante cinco dias na semana, e o tratamento era repetido em casa, com os pais, por pelo menos mais cinco horas semanais.

Resultados - Depois de dois anos, o Quociente de Inteligência (QI) das crianças do primeiro grupo subiu, em média, 18 pontos, enquanto os que foram submetidos a outros tratamentos tiveram aumento médio de sete pontos. Reavaliados, quase 30% do grupo foi diagnosticado com uma variação menos severa do autismo, contra apenas 5% do outro grupo. Os pesquisadores ressaltam, entretanto, que nenhuma criança foi "curada".

O tratamento cada vez mais cedo do autismo, apesar de receber atenção especial dos especialistas, continua sendo um assunto controverso, já que são escassas as evidências rigorosamente comprovadas de que esse tipo de tratamento realmente funciona. Mesmo assim, o recente estudo é de grande importância e representa uma marco na área, afirmou Tony Charman, especialista em autismo do Instituto de Educação de Londres.

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