"Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza". (Boaventura de Souza Santos)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Como se Dirigir a uma pessoa com Autismo

Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

COMO SE DIRIGIR A UMA PESSOA COM AUTISMO

As pessoas com autismo são aparentemente normais e geralmente falam de forma correcta e compreensível. O problema é que elas elaboram a informação recebida de forma diferente e por isto, às vezes, não conseguem compreender completamente o que acontece ou lhe é dito. A sua aparente independência pode encobrir angustia, isolamento social e incapacidade de relacionamento social.

Por isso:

Não toque numa pessoa com autismo se não for necessário.
Explique o que vai fazer e comprove que foi compreendido antes de começar a fazê-lo.
Faça perguntas simples e claras.
Evite ironia, sarcasmo e não diga nada em sentido figurado nem faça comparações.
Dê mais tempo para pensar e compreender às pessoas com autismo.
Leve em consideração que uma pessoa com autismo que não o olha nos olhos não faz isso por ser mal-educado ou descortês.

É importante lembrar que a pessoa com autismo:

Pode ter um comportamento estranho ou inadequado.
Pode parecer distraído ou não reagir para nada.
Evita olhar nos olhos se estiver nervosa ou se sentir pressionada.
Pode reagir de forma desapropriada
Pode parecer que não trata os outros com tato.
Pode aparentar ser porfiado, cabeça dura ou estar bravo.
Pode aparentar ser muito meigo.
Geralmente não gosta de contacto físico.
Acha difícil entender a linguagem corporal.
Às vezes entende metáforas e provérbios de forma literal.
Pode usar uma linguagem formal, antiga / ultrapassada ou distinta.
Gosta de ter rotinas e regras fixas.
Tem “manias” ou interesses específicos.
Tem dificuldade em se pôr no lugar dos outros.

Informação importante para a polícia, assistentes sociais e outros que tenham que tratar de uma pessoa com autismo sem conhecê-la

Uma pessoa com autismo é sempre vulnerável seja ela vítima, testemunha ou suspeita. Problemas de comunicação, na interacção ou interpretação podem levá-lo a situações de conflito e angustiá-lo se o seu comportamento não é bem entendido. Consulte um especialista para que a pessoa com autismo seja bem atendida. Na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (ICD10) da Organização Mundial da Saúde, o autismo, o distúrbio de Asperger e o PDD-NOS, são classificados como um distúrbio mental e de conduta. Se você acha que o seu cliente/testemunha/preso tem autismo, peça um relatório psiquiátrico para procedimento judicial.Informação sobre autismo: www.autisme.nl ou www.landelijknetwerkautisme.nl
Postado por Mário Relvas às Sexta-feira, Dezembro 12, 2008
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